Filhoses, Padaria da Srª Patrocinia, Penha Garcia, 2006.
este foi um dos temas tratados num trabalho de investigação sobre "Doces de Festa" no concelho de Idanha-a-Nova, do qual resultou uma exposição museológica no Polo da Gastronomia de Monsanto. partir de um doce, como por exemplo a filhó, que pauta uma determinada ritualidade no calendário festivo anual e que na actualidade passou a ser enquadrado nos padrões de consumo quotidianos, é motivo capital para questionarmos e avaliarmos estes novos padrões de consumo e seus contextos nos quotidianos destas populações. como se estruturam na actualidade estes novos modos de comer? e a ritualidade alimentar associada ao calendário festivo, sofre alterações? quais? o que se perde, o que se ganha? como se organizam socialmente estes alimentos ligados a uma ritualidade alimentar? e quando passam ser consumidos fora dessa ritualidade, como se organizam? quem os faz? quem os vende? etc, etc...
uma etnografia dos doces de festa no concelho de Idanha-a-Nova:
as filhoses, Rosmaninhal, Ti Branca. 2006.
"antigamente a gente amassava-as e deixava-as a finter um bocadinho e depois terevamos uma bola e tendiamos no joelho e depois fritavam-se na sertã ao lume. agora já se compram nas lojas."
ou seja, todas as sociabilidades geradas em torno deste alimento tendem a perder-se. mas, por outro lado, outras se forjam com novos contornos...
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