um admirável e pertinente exercicio...utilizando o fenomeno futebolistico (o jogo e o que ele representa) como uma metáfora do "estado do mundo". pura criatividade...
sábado, 5 de dezembro de 2009
segunda-feira, 9 de novembro de 2009
ANTROPOLOGICAMENTE COMENDO...
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uma "estória" hilariante: o estudante Mark Nuckols enquanto saboreava uma sandes de "tofukey" (tofu com sabor a pato) lia a obra do antropólogo Marvin Harris "Good To Eat: Riddles of Food and Culture", livro este que trata o canibalismo. neste contexto imaginativo fecundo o respectivo estudante tem a brilhante ideia de criar um alimento verdadeiramente genuíno e antropólogico: O HUFU - tofu com sabor a carne humana. Uma alternativa saudável para os hábitos canibalescos ou tal como o autor pretendia que se institui-se o invento: "uma hilariante experiência para os estudantes de antropologia que tivessem a audácia em experimentar os sentidos do "Outro" canibal, ou seja, a experiência concreta ao nivel gustativo do canibalismo. segundo as estatísticas oficiais choveram milhares de pedidos...mas tudo não passou de uma mera falácia e nunca de facto se materializou a alucinante experiência...fica a ideia e o marketing...
domingo, 8 de novembro de 2009
quinta-feira, 15 de outubro de 2009
sábado, 10 de outubro de 2009
quinta-feira, 8 de outubro de 2009
quarta-feira, 7 de outubro de 2009
sexta-feira, 2 de outubro de 2009
terça-feira, 29 de setembro de 2009
quarta-feira, 23 de setembro de 2009
OBJECTOS DE PASTOR
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- Museu Nacional de Etnologia; Abrigo de pastor; Tolosa;
escolhi colocar a informação mais simplificada. contudo, existe a ficha mais completa na fonte (matrizpix)
sexta-feira, 4 de setembro de 2009
sexta-feira, 21 de agosto de 2009
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(deviantArt)
(Notas etnográficas)
Ontem
"Foi a minha primeira exposição a um funeral africano e eu próprio sou também tomado pelo desassossego da diferença radical. É claro que uma coisa é ler nos textos e outra é ver e experimentar presencialmente os acontecimentos"
in Paulo Valverde, Máscara, Mato e Morte em S. Tomé, p. 198.
sexta-feira, 14 de agosto de 2009
quarta-feira, 22 de julho de 2009
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"a etnografia intensiva consiste na observação aprofundada de uma tribo, observação tão completa, tão desenvolvida quanto possivel, sem nada omitir. um etnografo profissional, trabalhando muito bem, pode, por si só, num espaço de três ou quatro anos, proceder ao estudo quase exaustivo de uma tribo."
M. Mauss, Manual de etnografia, p. 27.
sem nada omitir..?!?!
muitas monografias etnográficas primaram por este postulado. algumas até ao mais infimo detalhe.
quinta-feira, 16 de julho de 2009
PERDIDOS EN LA TRIBO: O ÚLTIMO EPISODIO
...e assim chegou ao fim este exótico realityshow...ambas as familias foram aceites, cada uma ganhou 50.000 euros e nas despedidas muitas lágrimas e abraços. o mais interessante foi a estadia logo a seguir de cada uma destas familias nos melhores hoteis das redondezas, com roupinha lavada, banhos termais e comidinha da boa...e as tribos..esses lá ficaram para recordar mais tarde!!!
quarta-feira, 3 de junho de 2009
PERDIDOS EN LA TRIBO
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esta semana já consegui ver um programa completo, daí, poder contextualizar melhor este estranho "reality show" tribal. então o desafio é o seguinte: três familias espanholas vão viver uma temporada junto de três tribos remotas do planeta (Norte da Namibia - tribo Himba; Indonésia - tribo Mentawai; Deserto do Kalahari- tribo Bushman). o objectivo consiste em participar no quotidiano destas tribos, viver sob as suas lógicas e conseguir efectuar as tarefas exigidas para que sejam aceites pelos membros das tribos como "nativos". no final de cada programa as familias são confrontadas com a valoração dos membros da tribo, ou seja, estabelece-se um conselho tribal (uma especie de jurado) e é este que vai efectuar a avaliação dos resultados. no fundo, trata-se de uma especie de "big-brother" exótico. a estrutura é a mesma. nesta semana os participantes tiveram tarefas árduas, entre inúmeros labores, tiveram: a familia que habita com os Himba, o homem (chefe de familia) teve que tratar do gado, ajudar a castrar um bezerro e a mulher teve que aprender a fazer cestos. A familia que habita com os Mentawai, o homem e os filhos tiveram que aprender a reconhecer uma determinada planta venenosa e a colhe-la e com esta fazer uma especie de pasta para colocar nas pontas das setas. o objectivo destas setas envenenadas é para caçar macacos na floresta. já a mulher teve que se deslocar à floresta para extrair umas raízes e aprender a cortá-las para posteriormente serem moidas e cozinhadas. a última familia que habita com os bushman, o homem e os filhos também foram caçar raposas e aprenderam a respectiva tecnica de as interceptar dentro das respectivas tocas ou esconderijos.
(to be continued..)
domingo, 24 de maio de 2009
estou a seguir com muita atenção este programa. depois do psicológico "big brother", entramos na era dos testes de "sobrevivencia". este tem peculiaridades muito interessantes. trata-se de familias espanholas que vão "sobreviver" durante um determinado periodo de temporal junto de algumas tribos do planeta. a viagem, a estadia e o relacionamento inter-cultural remete para a profissão de antropólogo. voltarei a este tema em breve...
quarta-feira, 20 de maio de 2009
sexta-feira, 15 de maio de 2009
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(thorsten brinkmann)
inúmeros autores (canclini, 1999; montesino, 2006) convidam-nos a (re)pensar a ideia de património, situando-a no marco conceptual em que adquire sentido o seu uso, não apenas ligado a termos como tradição, história, monumentos, identidades, como também ao turismo, desenvolvimento econónico, etc...
terça-feira, 12 de maio de 2009
quinta-feira, 7 de maio de 2009
sábado, 18 de abril de 2009
correspondencias antropológicas...
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(lena sjoberg)
para além dos cadernos de campo, notas de campo, agendas, etc., a correspondencia pessoal encerra de igual modo um fértil campo de pesquisa. não resisto em publicar um excerto das magnificas cartas trocadas entre Jorge Dias e Ernesto Veiga de Oliveira, trabalhadas num texto notável de João Leal.
"Caro Ernesto,
(...) estou ávido por me deitar pelos montes a fora, a beber a luz, porco, rôto, selvagem. Vai-me saber espantosamente bem uns meses consigo. havemos de nos asselvajar até à medula."
in João Leal, A energia da antropologia. seis cartas de Jorge Dias. Revista Etnográfica 12, 2008.
terça-feira, 17 de março de 2009
sábado, 14 de março de 2009
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acaba de ser publicada uma edição traduzida para inglês do catalogo referente à exposição permanente "Agricultura nos campos de Idanha" sitiada no Centro Cultural Raiano. Trata-se de uma iniciativa de capital importância neste mundo cada vez mais "glocalizado". No panorama regional, é muito, mas mesmo muito raro estes "olhares" bilingues ou até mesmo multilingues.
sábado, 7 de março de 2009
quarta-feira, 4 de março de 2009
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(claire scully)
lição de indios.
A criação segundo os Sioux
"...as nossas lendas dizem-nos que foi há centenas ou talvez milhares de anos que o primeiro homem se ergueu do solo no meio das grandes pradarias. a história conta-nos que numa bem já longinqua manhã um homem acordou, de face para o sol, emergindo do solo. apenas a sua cabeça era visivel, o resto do seu corpo ainda não tinha sido formado. o homem olhou à roda mas não viu nem montanhas nem rios, nem florestas. não havia nada excepto lama macia e fofa, porque a terra ainda era jovem. a pouco e pouco, o homem foi emergindo até conseguir libertar todo o corpo do solo que o envolvia. por fim pôs-se de pé sobre a terra, que não era firme, e os seus primeiros passos foram lentos e hesitantes. então o sol brilhou e o homem manteve sempre a face virada na sua direcção. a seu tempo os raios de sol endureceram a face da terra, fortaleceram o homem e ele começou a caminhar e a saltar à sua vontade, como uma criatura livre e alegre. deste homem proveio a nação dos Lakota e tanto quanto nós sabemos, a nossa gente nasceu e morreu nesta pradaria, e ninguém a partilhou connosco até à vinda dos Europeus. por isso os Lakotas chamam sua esta terra das grandes pradarias. somos do solo e o solo é nosso."
in O Sopro das Vozes. Textos de Indios Americanos, p. 103.
terça-feira, 3 de março de 2009
quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009
quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009
quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009
terça-feira, 3 de fevereiro de 2009
segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009
Idanha-a-Velha, 2008.
trilhei o concelho de lés-a-lés à procura destas éfemeras construções denominadas pelos locais por "tchoças". encontrei apenas ténues vestigios daquilo que outrora tinha sido uma presença marcante nestes vastos territórios. as choças estavam ligadas à cultura pastoril, fundavam-se como o centro cósmico das infinitas familias de pastores. ali se criaram gerações de pastores, que desde muitos novos se embrenhavam a esta arcaica vivência. talvez não se tenha perdido tudo, pois como não encontrei choças, encontrei ainda a memória viva dos pastores que em intermináveis histórias me narraram com intensidade esse viver arcaico que tanto lhes vincou o olhar. tal como a foto ilustra, registei tudo, tudo mesmo...desde a perícia da escolha dos materiais vegetais, à sua estrutura e montagem; o interior e sua organização; o mobiliário e diversos apetrechos, sua arrumação e funcionalidade; as deslocações e as vivências; os desastres que aconteciam amiúde, pelo facto de no seu interior acenderem fogo. enfim, todo um universo cultural,social e paisaístico que se diluiu com o tempo.
quarta-feira, 28 de janeiro de 2009
domingo, 25 de janeiro de 2009
domingo, 18 de janeiro de 2009
(...) era imensamente etnográfico e preenchia todas as minhas aspirações como antropólogo ao estar sentado no coração de uma cidade amuralhada de mais de mil anos com meus amigos enturbantados, meu caderno de notas à mão, bebendo chá e sendo um observador participante"
in Paul Rabinow, Reflections on fieldwork in Morocco, p. 50.
para ler com urgência e para reflectir...
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