terça-feira, 22 de janeiro de 2008
sexta-feira, 18 de janeiro de 2008
segunda-feira, 14 de janeiro de 2008
A festa de S. João na aldeia do Rosmaninhal estrutura-se através das inúmeras dádivas do povo. Dentro destas dádivas, predominam os generos alimentares e o dinheiro. Porém, como na aldeia predominam pastores ou proprietários de gado ovino, a dádiva das ovelhas é imprescindivel para se efectuar o tradicional ensopado para ser ofertado ao povo. Todos os anos se comentam estas dádivas, quem deu mais, quem deu menos, quem deu as melhores ovelhas, quem deu as piores, enfim, todo um universo da critica. Este ano recolhi o seguinte comentário de um dos matadores do gado:
"O X não sabe matar, o Y é um artista! a ovelha do R foi a pior, estava para a não matar, era tão ruim!"
Matador, Rosmaninhal, 2007.
quinta-feira, 10 de janeiro de 2008
DO ANTROPOLOGO...
Uma das ferramentas mais essênciais na formação de um antropólogo é sem dúvida a capacidade de observação e de sintese. Infelizmente, nas universidades este treino é ainda muito reduzido ou até mesmo nulo. Um dos antropólogos que nos exercita permanentemente estas faculdades é Levi-Strauss. Cito um pequeno trecho de uma das mais intensas descrições que alguma vez li, esta trata de um pôr do sol observado a bordo de um navio que seguia rumo ao Novo Mundo (Brasil).
"Ao sul voltava a surgir a mesma faixa, agora encimada por grandes lajes de nuvens que repousavam como dólmenes cosmológicos sobre as cristas obscuras do suporte."
in Levi-Strauss, Tristes Trópicos, Edições 70, p. 59.
Assinar:
Postagens (Atom)